PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO[1]
Documento-referência da política educacional brasileira, para todos os
níveis de governo. Contempla um diagnóstico da educação no país e, a partir
deste, apresenta princípios, diretrizes, prioridades, metas e estratégias de
ação para enfretamento dos problemas educacionais do país. Tradicionalmente, os
Planos educacionais vêm sendo elaborados de forma centralizada pelos governos
brasileiros, a cargo de gabinetes ministeriais ou de comissões contratadas para
esse fim, sem debates ou participação dos setores sociais envolvidos com a
educação. Na atual legislatura, o PNE está referido no Art. 214 da Constituição
Federal de 1988, que determina a sua elaboração de acordo com alguns princípios
fundamentais. Já a sua regulamentação foi determinada apenas com a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB/1996, que deixou à cargo da União, em colaboração com Estados e Municípios, e
incumbência de elaborar o PNE, que foi aprovado pela Lei n° 10.172, de
09/01/2001. Historicamente, foi com o chamado movimento renovador, nos anos
1920-30, que se concebeu, pela primeira vez no Brasil, a idéia de um Plano
Nacional de Educação. O Manifesto dos
Pioneiros da Educação Nova, de 1932, assinado por um seleto grupo de
educadores, foi o documento que sintetizou as idéias desse movimento e
estabeleceu a necessidade de um plano nesses moldes. Na legislação educacional,
foi na Constituição Federal de 1934, Artigo 150, que apareceu a primeira
referência ao PNE, mas sem estar acompanhado de um amplo levantamento e estudo
sobre as necessidades educacionais do país.
Para o estudo do Plano Nacional de Educação, é fundamental a consulta
ao Plano Nacional de Educação – Proposta
da Sociedade brasileira (1997), consolidado na Plenária de Encerramento do
II Congresso Nacional de Educação, Coned, Belo Horizonte/MG, 1997. Igualmente
fundamental é consultar a Lei n° 10.172,
de 09/01/2001, que aprovou o PNE. (disponível em http://www.prolei.inep.gov.br/prolei/pesquisar.doc).
Para uma crítica do atual PNE, ver também Ivan Valente e Roberto
Romano, PNE: Plano Nacional de Educação
ou Carta de intenção? (2002). Sobre o PNE e o movimento renovador, ver
Otaíza de Oliveira Romanelli, História
da educação no Brasil (1930/1973) (1978).